Um amigo foi tentar a chamada relação aberta e, no dia em que a parceira saiu de noite com outro, quase enlouqueceu. Foi curar o pileque comigo e ficamos conversando. Contou-me que também sua companheira voltou angustiada da nova relação, teve crise, chegou a vomitar.
A tese da relação aberta - racionalmente -, é perfeita e inatacável. Parte do princípio que a sensualidade é inaprisonável por compromissos de qualquer ordem: moral, de costumes, religiosa ou jurídica. Pode-se reprimir o impulso, sim, em nome de alguma coisa maior na qual se creia, mas será sempre, reprimir. E reprimir é sofrer.
Ver a pessoa amada em relação corporal com outrem parece ser inaguentável até mesmo por quem possui a mais aberta das cabeças. A cabeça pode ser heterossexual, mas o coração não é...
Tentada, porém, com os melhores saneadores de graves repressões ou do esmagamento da liberdade do (a) outro (a), a prática da relação aberta vem mostrando que não é fácil suportá-la. Talvez impossível.
Aberta ou fechada, qualquer relação é problemática. Relação alerta, eis o caminho.
4 comentários:
Pra algumas pessoas até rola, vai saber. rss
Beijos
Coração e mente aberta é difícil encontrar... Mas tem gente que ainda procura bravamente.
Um beijo!
Amiga, concordo contigo. Acho que no discurso, na filosofia, tudo é lindo. Mas quando a gente começa a se envolver emocionalmente, quando a gente desliga a razão... nem sempre dá certo como no planejado. Eu nunca tentei, acho que comigo não funciona, porque prefiro fazer a opção de não "aproveitar a vida" do meu lado para que a pessoa não faça o mesmo. Mas, cada um no seu quadrado né?
Bjs!
O difícil é qualquer relação, mesmo. Qual a finalidade de se juntar com alguém pra dividir depois?
Ou é ou não é, eis a questão.
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